Projeto em fase de Estudo Prévio.
Titulo Destacado
Localização: Ponta Delgada, Açores, Portugal
Área total construída 167m2
Cliente Privado
Os clientes pediram-nos quatro bungalows para pontuar o seu terreno de mais de 14mil m2. Adotamos, uma conceção volumétrica que explorasse as construções vernaculares tradicionais dos Açores, porém, com uma adaptação contemporânea, sem violar a topografia existente do terreno, através da criação de pilotis que sustentam os bungalows. Assim sendo, optámos pela cobertura tradicional de 2 águas e revestir os volumes com madeira queimada, através da técnica de carborização Shou Sugi Ban.
Foi intenção materializar um desenho de arquitetura que se relacionasse com o meio natural de modo a tirar partido das características rurais do terreno – muros em basalto de pedra seca, pomar, mirante do século XIX – pontilhando os 4 volumes a nascente do terreno, garantindo, assim, um razoável distanciamento ao arruamento e, simultaneamente permitir privacidade à moradia principal existente.
Desenhamos quarto bungalows, na categoria T1, implantados numa base plana genericamente retangular, segundo um eixo, que provoca dois ângulos distintos. Estes correspondem a dois tipos de utilização. Desta feita, organizamos os espaços vivenciais de maior circulação a poente, onde se destaca a sala e kitchenette. A nascente, temos o quarto de dormir e a instalação sanitária. Ainda, no prolongamento da sala, a poente, destaca-se um simpático terraço para que os hóspedes usufruam da vista e do pôr-do-sol. As áreas de maior prestígio, sejam elas a sala ou o quarto de dormir, localizam-se a sul e apresentam folgados vãos para potenciar das vistas sobre a as árvores que o terreno proporciona ou do mar, dependendo do bungalow em questão. Os acessos aos bungalows fazem-se ora pelos caminhos de bagacina existentes, ladeado por pequenos muretes de pedra seca de basalto aparelhada à mão de 50cm de altura, ora por passerelles de deck de madeira sobre pilotis metálicos. Ambos os caminhos estabelecem uma saudável interação com o meio envolvente, como se fizessem parte da própria paisagem.