Procurámos propor um corpo arquitetónico que se relaciona com o meio envolvente de modo a tirar partido das características naturais do terreno, implantando a construção em formato “U” no terreno de modo a garantir uma implantação que se adaptasse aos limites do lote e, simultaneamente, permitir uma ampla zona interior resguardada para estacionamento privado e zonas de circulação no interior do mesmo.
No que concerne à conceção arquitetónica, projetamos um edifício de habitação coletiva implantado numa base genericamente retangular, segundo dois eixos no sentido norte-sul em ambas as ruas que contornam o quarteirão, de 2 pisos.
O organizamos a entrada principal para as tipologias sempre pelo interior do lote, garantindo uma maior privacidade individual a cada apartamento. As tipologias organizam-se segundo um esquema simples e funcional, cada uma composta por sala comum, kitchenette, hall de distribuição, uma instalação sanitária de uso comum e um quarto duplo. São 10 apartamentos T1 que se projetam ou para o Porto dos Carneiros e mar ou, para o Pico da Barrosa e mar, dependendo do sentido que se inserem.
Nas fachadas nascente e poente propõem-se um alçado simples, com uma composição vernacular construção tradicional dos Açores, porém, adaptada à contemporaneidade, com uma composição de porta e janela e cobertura de duas águas. Toda a materialidade do edifício é composta por argamassa cimentícia de cor branca.